A Rainha Vermelha: distopia em prol da fantasia
Por Marcelo Ramos
A Rainha Vermelha, livro de Victoria Aveyard, lançando em 2015, do gênero de fantasia, sendo um grande sucesso de vendas e de público desde seu lançamento, tanto que a autora possui um fandom fiel.
Meu primeiro contato com o livro foi através de amigos e namorada, que insistiram (lê-se "ameaçaram") para que eu o lesse. E assim, recentemente, terminei o primeiro livro da saga.
Em um plano geral, a narrativa é excelente: um misto de X-Men, distopia e As crônicas de gelo e fogo, o que você não sabia que precisava até ler e aí ver que precisava sim, precisava muito. Personagens bem construídos, um mundo intrigante, uma trama envolvente, vilões odiosos e heróis também odiosos, mas de uma forma diferente e real (bem real), tudo contrubui para que o livro o prenda do início ao fim.
Talvez os únicos problemas sejam, entretanto, quanto ao ritmo: em certos momentos, a percepção de que tudo está acontecendo rápido demais é presente; em outro, damos uma pausa para respirar no meio de todos os acontecimentos, e essa pausa acaba sendo um pouco longa demais. Senti falta, também, de um pouco mais de cenas com a "vilã" do livro (apesar de ser apenas o primeiro, então, ainda tem muito por vir). Por outro lado, é inegável que os momentos finais do livro são de tirar o fôlego graças aos atos de tal personagem, aliada a uma personagem ainda mais diabólica, e que não convém citar, por motivos de spoiler, mas que possui, para mim, o arco mais interessante do livro.
Ademais, A Rainha Vermelha é um livro para amantes de fantasia, de literatura jovem, de conflitos, de plot-twists, ou seja, para boa parte da população. Com uma protagonista forte, um mundo a ser explorado e uma autora em que podemos confiar, A Rainha Vermelha tem tudo para ser uma das grandes sagas da literatura jovem da atualidade.
Fonte: Imagem de Mariana Elisa Terra
Comentários
Postar um comentário