As Crônicas de Gelo e Fogo - O Festim dos Corvos: Tramas, intrigas e tretas!
Por Marcelo RamosFonte: Amazon
O Festim dos Corvos é quarto volume da saga As Crônicas de Gelo e Fogo, lançado em 2005, por George R.R. Martin, mas chegando ao Brasil apenas em 2012. Um pouco menor que o anterior, tanto em enredo quanto em questões geográficas, o livro foi considerado fraco em comparação aos anteriores, mas é o meu favorito.
No livro anterior, um ato foi encerrado, dando início a um segundo ato. E o começo é bem parado, muito mesmo. Percebemos isso neste livro. Se os anteriores já possuíam vários elementos de tramas políticas, em meio a batalhas épicas e duelos, O Festim é baseado quase que exclusivamente em tramas, nos traz mais intrigas, diálogos, cenas que se estruturam basicamente nos personagens, e isso tudo é compreensível, já que depois da espiral de dor e sofrimento, uma pausa para respirar antes de mais é bem-vinda. Mas talvez a pausa tenha sido longa demais.
Isso porque o livro ainda é um calhamaço, e fica um pouco cansativo com o tempo. Principalmente quando se tratam de personagens pouco cativantes como POVs. Martin introduz, nesse livro, capítulos que têm um personagem recorrente como ponto de vista. Como, por exemplo, Arys Oakheart, que possui apenas um capítulo, servindo como ponte para a trama de Dorne caminhar, e tudo bem, já que é necessário, mas não dá para negar que o personagem é pouco interessante. A impressão que fica, em certos capítulos como esse, é a de que os personagens principais não passam de câmeras com pés, feitas para nos mostrar algo.
Por outro lado, o quarto livro possui, para mim, os personagens mais interessantes, como Cersei e Brienne, que nos levam por arcos maravilhosos. As tramas estão ainda mais profundas na história de Westeros, puxando um ou outro fio o qual já havia sido lançado nos livros anteriores, e ligando pontos e plantando sementes que virão a florescer. É um livro, como dito, essencialmente político, e isso o torna, para mim, o melhor da saga, mostrando o verdadeiro talento de Martin em escrever histórias fantásticas.
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