God Of War e a arte em renovar

Por Marcelo Ramos

Fonte: Playstation

God of War é um jogo de 2018, exclusivo para Playstation 4, que dá sequência à clássica série homônima, que começou no PS2, ao mesmo que tempo que é quase um reboot dela como um todo. É um jogo totalmente novo em mecânicas, personagens e mundos, em relação aos jogos anteriores, e tal renovação é um dos fatores que tornam o jogo tão genial. 

God of War nos conta a história de Kratos, protagonista da série, e Atreus, seu filho, que têm a missão de levar as cinzas da mãe do garoto e jogá-las do montanha mais alta do reino. Ao longo do caminho, sua jornada cresce e vamos percebendo que aquele é mais um jogo sobre os personagens em sua jornada do que o destino da jornada em si. O velho clichê da jornada mais importante que o destino é real nesse jogo. A história é linda. Kratos ganhou uma personalidade bem mais profunda em relação ao maníaco sanguinário e doido por vingança que tínhamos, e isso foi uma adição e tanto. Temos um protagonista mais velho, mais lento, cheio de cicatrizes, que parece sentir o peso de cada golpe, enfim, um protagonista mais humano. Foi uma evolução que adicionou muito à série, como um todo. 

Mas não só de Kratos vive God Of War, e também temos uma série de personagens impressionantes, em especial Atreus, que divide o protagonismo com o pai. O garoto aparece como um toque a mais de humanidade no jogo, bem nos moldes de Ellie, em The Last of Us. Há, também, coadjuvantes bem divertidos, que ajudam bastante ao longo do jogo, e um vilão maravilhosamente assustador. Particularmente, o vilão é um dos pontos altos do jogo, protagonizando cenas épicas espetaculares.

Detalhe para a direção do jogo, que foi todo feito em plano sequência, sem nenhum corte, o que é um mérito a parte. Os outros quesitos técnicos são praticamente perfeitos, sendo um jogo bem polido, sem bugs, erros ou coisas do tipo. Os gráficos são lindos, um dos melhores da geração, a dublagem também é maravilhosa e os elementos de RPG adicionados, como a árvore de habilidades de Kratos e Atreus e a customização da armadura e das armas, por exemplo, tornam a jogabilidade imersiva, desafiadora e profunda.

Talvez os únicos problemas sejam a pouca variedade de armas e chefes, que os jogos anteriores apresentavam em maior número. As armas são apenas dois tipos, mas isso é compensado pelos combos  e a estrutura sólida do combate. Já os chefes, deixam a desejar, visto os jogos anteriores. Porém, nada que vá tirar o brilho do jogo. 

Ademais, é um jogo maravilhoso, um dos melhores dos últimos anos, merecendo ainda mais reconhecimento pelo fato de renovar a franquia totalmente. 

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