O Mestre e nossa necessidade de seguir um líder
Por Marcelo Ramos
Fonte: Wikipédia |
O mestre é um filme de 2012, dirigido por Paul Thomas Anderson e estrelado por Joaquin Phoenix, Amy Adams, Philip Seymour Hoffman e outros grandes nomes, no qual acompanhamos Freddie Quell, vivido majestosamente por Phoenix, um veterano de guerra, desajustado, que não consegue se manter em um emprego por muito tempo, e que vive à margem de qualquer relação social saudável. Nestes termos, Freddie acaba por entrar em um barco, o qual pertence a Lancaster Dodd, líder da seita religiosa A Causa. Dodd, vivido também majestosamente por Hoffman, vê em Quell um promissor paciente, que precisa de sua ajuda, e o acolhe na sua seita.
Com certeza o maior destaque do filme são as atuações, em especial as de Hoffman e Phoenix, mas também destaca-se Amy Adams, sempre genial, e Laura Dern, que, apesar de aparecer relativamente pouco, é maravilhosa. Paul Thomas Anderson é um diretor que consegue extrair o melhor de cada ator, com roteiros que exigem uma dose grande de dedicação e talento, e ele consegue. É difícil encontrar uma atuação que seja minimamente fraca no filme, e isso é raro em uma obra.
Outro ponto importante é a trama, na qual temos uma crítica ferrenha à nossa necessidade de seguir um líder, à religiões que são mais formas de extorquir fiéis, a líderes criminosos. É um roteiro profundo, apesar de simples, que cumpre sua missão, passa mensagem. E é chocante. Muito chocante. Ver as cenas em que Phoenix está em cena é tenso, assustador, e incrível, do tipo em que você passa dias pensando, e isso é incrível.
Talvez o único ponto negativo do filme seja sua duração. Talvez o filme teria ganhado um pouco se tivesse menos duração, principalmente ao final. Acaba por perder um pouco de seu ritmo, apesar de ainda possuir ótimas cenas.
O Mestre é um dos melhores filmes de PTA e algumas das melhores atuações da última década, sendo uma ótima pedida para amantes de cinema. Mudará sua visão quanto a cultos religiosos, é ver para crer.
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