As Crônicas de Artur: O Inimigo de Deus - Porque o destino é inexorável

Por Marcelo Ramos

Fonte: Amazon


O Inimigo de Deus é o segundo volume da saga As Crônicas de Artur, lançado por Bernard Cornwell em 1996. Dando continuidade à história de Artur, o lendário rei, pelos olhos de Derfel, seu amigo, o livro expande o universo, mas não inova na fórmula já conhecida. Apesar disso, é o meu favorito da saga. 

Vemos, sob o olhar de Derfel, ou seja, um olhar bem descentralizado dos e, em alguns momentos, bem longe da visão de Artur. E, acreditem, funciona. Levar a história para um olhar diferente faz com que possamos ver melhor os atos de um homem do qual as lendas apenas nos falam bem. Derfel é um personagem cativante, mas está longe de ser o melhor da trama. Às vezes ficamos com a impressão de que o personagem que vive os eventos não é tão interessante assim, e isso é uma falha. 

Por outro lado, a história se expande de uma forma muito proveitosa. Há a adição de diversos personagens dos quais já ouvimos falar nas lendas, todos muito bem colocados, e isso enriquece a trama. Artur ganha novos inimigos, novas conspirações aparecem, ligadas a religião e tramas sobre o trono. 

Como no livro anterior, a descrição das batalhas é excepcional. Nos sentimos na pele dos guerreiros, em um campo de batalha claustrofóbico, que se fecha aos poucos sobre nós. É excelente. 

É uma jornada muito bem construída para uma lenda que, aos poucos, vamos decifrando. É válido para os fãs de Artur, de romances medievais, de fantasias épicas, enfim, um livro que merece sua atenção.

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