Batman: Arkham Knight - Era uma vez um morcego

Por Marcelo Ramos

Fonte: Nuuvem

Batman: Arkham Knight é o último jogo lançado pela  Rocksteady Studios, em 2015, para Ps4, Xbox One e PC, da série Arkham (até o momento) e encerra (até o momento, de novo) a história do Batman da série. Após criarem um padrão que influenciou diversos jogos de ação, lançarem uma grande série e contarem uma história nada fácil, Arkham Knight possuía o dever de encerrar algo que atraiu o amor dos fãs do Morcegão.

E, em termos de história, o fechamento é satisfatório. Não é perfeito, mas promete agradar grande parte dos fãs. É intrigante, você se sente na pele de Bruce Wayne em uma Gotham em decadência, dominada por vilões e ameaçada pelo gás do Espantalho. Como se isso não bastasse, o herói ainda deve lidar com uma ameaça misteriosa, um exército armado e um fantasma do passado. Prato cheio para os amantes de histórias de detetive e de heróis, mas com aquele tom sombrio de insanidade que gostamos. 

O jogo, em si, é um mundo aberto, no qual somos o Morcego, temos várias habilidades, vários equipamentos, vários golpes, enfim, uma infinidade de elementos de combate que se combinam, se misturam e fazem com que o combate seja viciante e prazeroso. Já na exploração, podemos planar, usar um arpéu, correr, subir em prédios, e há uma adição quem agregou muito à série: o Batmóvel. 

A equipe que produziu a série Arkham queriam ter adicionado o carro (lê-se tanque de guerra) há muito tempo, e os hardwares da geração Ps4/Xbox One permitira que isso acontecesse. O Batmóvel foi uma ferramenta que funcionou de forma muito boa no jogo, e e trouxe uma jogabilidade bem feita, fluida, natural, tanto no modo de combate quanto no modo de perseguição, com uma série de melhorias que caem muito bem. 

Também temos diversas missões paralelas, nas quais perseguimos vilões conhecidos. Esta parte é uma das melhores do jogo, mas foi meio desperdiçada: a maioria dos vilões, exceto alguns poucos, foram muito bem construídos, mas não temos uma batalha de chefão memorável, sendo a maioria das batalhas apenas uma cena na qual apertamos um botão ou outro. É decepcionante. As missões são longas, às vezes repetitivas, e chegar ao final e receber apenas uma cena na qual não influenciamos em nada é um balde de água fria. E isso, infelizmente, foi uma fraqueza enorme. 

Apesar das falhas, Arkham Knight ainda é um excelente jogo, muito bem construído, muito bonito, com uma jogabilidade impecável e uma história que quase é perfeita, além de ser totalmente localizado em português e possuir horas e horas de jogo (e 243 troféus do Charada, e sim, são muitos).