A Rainha Vermelha - A Prisão do Rei: mais político do que nunca

Por Marcelo Ramos

Fonte: Amazon

A Prisão do Rei é o terceiro volume da saga A Rainha Vermelha, lançado em 2017. Escrito, ainda por Victoria Aveyard, o livro chegou ao Brasil pela editora Seguinte, e partia do momento em que Espada de Vidro parou, dando sequência à guerra por poder e direitos que vimos nos livros anteriores. 

Dessa vez, além de Mare temos mais dois POVs: Cameron e Evangeline. As adições são boas, dando fôlego à narrativa, novos pontos de vista e mais possibilidades. O único problema são as personalidades: por ser um livro em primeira pessoa, é difícil que haja certa diferenciação entre as personalidades das protagonistas, o que acaba por ser uma falha, já que a sensação é de estarmos vendo apenas mais do mesmo, em certos capítulos. Mas isso não diminui os benefícios que mais POVs trazem.

A trama deste terceiro volume é bem diferente da dos anteriores, mais parada, menos previsível, mais focada em diálogos, tramas e política do que nunca, o que mostra que Aveyard evoluiu bastante desde o primeiro livro. É uma história mais difícil que as anteriores, justamente por arriscar-se em ser mais sombria. 

Vemos Mare lidando com sentimentos que carregou durante os primeiros livros, como a raiva e a frieza durante o segundo livro, e esse é um dos melhores pontos do livro, por representar um crescimento interessante para a personagem. Já não temos o ambiente de viagens rápidas, aventuras e buscas que tínhamos no segundo livro, mas é tão bom quanto. Dessa vez, o ambiente mais restrito nos traz um um sentimento de confinamento, claustrofobia e tensão constante. 

É um livro ainda melhor que os antecessores, de forma a agradar até os fãs mais exigentes. Merece destaque toda representatividade presente no livro, o que é ainda melhor. Tudo é perfeitamente encaixado e somos encaminhados muito bem para o fim da série.

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