Subterfúgios
Em nossas casas, apartamentos
Procurando subterfúgios
Para escapar de tais momentos.
Hoje, já não há escapatória
Resta apenas a verdade
Encarar com os olhos abertos
E com ínfima piedade
Este mundo que criamos
Com suas desigualdades.
Hoje, em tempos pandêmicos,
Já não pensamos nos acadêmicos
Que nunca conhecerão universidades
Por conta da semente da desigualdade
Que espalhamos em nosso lar.
Não há máscaras que escondam
A pobreza que não vai para as telas
A violência nas vielas
O bullying nas escolas
Ou o marido violento em seus ataques de cólera.
E não é a cloroquina
Que vai ajudar a menina
Que trabalhou o ano inteiro
E pagou as suas contas
Mas que no fim do mês
Para comida não vai ter dinheiro.
Procurando subterfúgios
Para escapar de tais momentos.
Hoje, já não há escapatória
Resta apenas a verdade
Encarar com os olhos abertos
E com ínfima piedade
Este mundo que criamos
Com suas desigualdades.
Hoje, em tempos pandêmicos,
Já não pensamos nos acadêmicos
Que nunca conhecerão universidades
Por conta da semente da desigualdade
Que espalhamos em nosso lar.
Não há máscaras que escondam
A pobreza que não vai para as telas
A violência nas vielas
O bullying nas escolas
Ou o marido violento em seus ataques de cólera.
E não é a cloroquina
Que vai ajudar a menina
Que trabalhou o ano inteiro
E pagou as suas contas
Mas que no fim do mês
Para comida não vai ter dinheiro.
Só existe uma saída:
Olharmos para a vida,
Mas não para as nossas,
Para as vidas que os nobres
Definiram como pobres
E julgaram insolentes
De serem independentes.
Cabe a nós botar no Terra
A beleza que a cidade enterra
Porque a doença nos aterra,
Mas quem pensa que a culpa é dela, erra.
Mas não para as nossas,
Para as vidas que os nobres
Definiram como pobres
E julgaram insolentes
De serem independentes.
Cabe a nós botar no Terra
A beleza que a cidade enterra
Porque a doença nos aterra,
Mas quem pensa que a culpa é dela, erra.
Por: Um eco de um ser que já foi.
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