Bondade

Fonte: Helio Brasil

Bom. O que somos, se somos bons? O que somos? Se somos bons, o que a bondade nos traz? Se somos bons pelo que  bondade nos traz, somos bons? 

Rousseaul nos diz que o homem é bom por natureza. Hobbes, que o homem é o lobo do homem. Maquiavel, que o homem é um ser munido de fortuna, pronto para fazer o necessário para conseguir aquilo que deseja. Arendt, que o mal está presente na mais ínfima criatura, por menor que seja. A bondade é um ser de ombros caídos, roupas surradas, olhar triste, cabelos brancos, uma face cansada. O homem é seu filho rebelde, que brinca com a maldade, com vergonha de seus pais. 

Dizem que somos bons, mas o que é ser bom? Como ser bom em um mundo para o qual o homem trouxe a maldade? Por que ser bom em um mundo no qual criamos a maldade?

Creio que bondade e maldade são lados de uma mesma moeda, a qual lançamos repetidas vezes, mas que nunca chega a cair. Creio que bondade e maldade são gumes de uma faca que já não possui corte. Creio que bondade e maldade são luz e sombra, sombra e luz, com sua árdua tarefa de dar vida a um mundo destrutivo. Creio que o que divide bem de mal somos apenas nós. O que nos divide entre bons e maus não é o acaso, mas sim o ocaso de uma humanidade que tem pouco caso para tais debates.

Creio que bem e mal vivem dentro de nós. O homem nasce bom, sendo o lobo do homem, fazendo o possível para conseguir o que quer e guardando dentro de si o mal? 

É melhor entrar, que seus pais o chamam.

Por Marcelo Ramos

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