Mudanças...

 Por Marcelo Ramos

...são difíceis. Mas necessárias. Mudanças nos matam e nos revivem, mais fortes, maiores, mais próximos de nós mesmos. E, ainda assim, mudanças são assustadoras. 

É como se houvesse certa relutância de ser aquilo que devíamos ser. É como se houvesse certo receio de perder aquilo que temos. Mudanças nos tiram coisas que nos são preciosas.

Hoje, se me perguntassem qual meu maior medo, eu responderia que é perder aqueles que amo. Clichê? Sim, mas é compreensível. É uma das coisas mais assustadoras o fato de que em algum momento tudo vai ir embora. Tudo muda. E, sim, devemos aproveitar o tempo que temos justamente por isso, mas como lidar com essa angústia enorme que insiste em machucar dentro do peito quase que de forma constante? 

Talvez não haja respostas. Talvez ela nos persiga para sempre, afinal, suas causas são imutáveis. É um ciclo. Um ciclo bonito, perfeito e cruel. Afinal, quem não sofre quando tem de deixar o ninho para alçar os próprios voos? Quem não sofre ao ter de deixar o colo da família para enfrentar o mundo lá fora? 

Mudanças são constantes, e provavelmente o único fato permanente em nossas vidas. Mudanças não precisam de nossa aprovação, não precisam de nosso amor. Elas são o que são. Certas coisas nunca mudam.