Metalinguagens
Por Marcelo Ramos Um conto conta Encanta, com ponto e linha, Dança em folha, apronta Entre esse e aquele, caminha. Um conto de Kafka ou Machado, De Tolkien ou Clarice, A caminhar lado a lado, Como se a vida os conduzisse, Não há visão mais bela. Trazer sempre um livro consigo, Seja no peito, na mente ou na lapela, É sinal de perigo: Pois ler é viver batalhas, Mas é enxergar borboletas Onde outros enxergam navalhas. O leitor vive sem facetas, Alça voos altos, Mesmo em cenários medonhos, Mesmo entre guerras e assaltos, Sobrevoa os mais belos sonhos, Até pousar com suavidade, Nas páginas de sua doce realidade.